Trabalhadores da área Enfermagem da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) protestaram em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), na manhã desta quinta-feira (29). A categoria reivindica o cumprimento do piso salarial.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), Eric Riccely, disse que o piso foi transformado em teto salarial, com os adicionais noturno, insalubridade e horas extras. A categoria reprovou a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STF) e paralisou parte das atividades em hospitais do estado.
“Dessa maneira, a gente pode ganhar até menos que um salário mínimo. Desta maneira, o piso não serve. Eles podem chamar do que qualquer outra coisa. Esse protesto é para restabelecer aquilo que o Congresso se debruçou e aprovou, transformou em lei, garantiu orçamento, uma Emenda Constitucional garantindo as fontes de custeio”, disse.
O desembargador Pedro de Alcântara Macêdo, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), expediu decisão pela ilegalidade da greve dos profissionais de enfermagem da rede municipal de saúde. Caso a decisão seja desobedecida, será aplicada multa diária no valor de R$ 10 mil.
Segundo Erick Ricelly, o percentual de adesão à paralisação está dentro dos limites impostos na liminar não implicando em sanções judiciais. O presidente ressaltou que a categoria tem papel fundamental no sistema de saúde.
“Essa categoria foi a que mais faleceu, a que mais adoeceu e está morrendo no pós-pandemia pelas sequelas que ficaram. É a primeira a ser cobrada para trabalhar e a primeira a ser esquecida na hora de pagar”, criticou.
Fonte: Clube News